Projeção de fluxo de caixa direto e indireto

A saúde financeira de um negócio deve ser a prioridade da gestão, uma vez que o cenário está cada vez mais competitivo. Uma das ferramentas para conquistar este diferencial é a projeção do fluxo de caixa, que pode ser direto ou indireto.

No modelo direto, a projeção é feita de acordo com a DRE planejada, utilizando condições financeiras. Assim, as movimentações financeiras do período são demonstradas considerando como receitas somente os valores efetivamente recebidos e as despesas desembolsadas.

Já o modelo indireto utiliza o regime de competências, ou seja, o registro contábil da movimentação financeira é feito no dia e mês da transação, independentemente da data de recebimento ou pagamento.

A seguir, você saberá mais sobre o que é a projeção de fluxo de caixa, como construir, os tipos existentes e uma visão estratégia da projeção.

 

O que é projeção de fluxo de caixa

O fluxo de caixa é uma visão de gestão dos recursos monetários do negócio. Através dele é possível analisar o desempenho financeiro da empresa, com dados históricos para embasar previsões e direcionar estratégias a fim de tornar a gestão orçamentária mais eficiente.

Isso é o que chamamos de projeção de fluxo de caixa, ou seja, utilizar as informações sobre as movimentações financeiras passadas e atuais, para projetar valores futuros. Neste sentido, a projeção pode ser feita pelo fluxo de caixa direto ou fluxo de caixa indireto.

 

Como construir uma projeção de fluxo de caixa

Deve-se começar pela estruturação bem definida das classificações financeiras da empresa. A estruturação é dividida em três classificações financeiras – tipos de fluxo de caixa -, conforme veremos a seguir.

Com pleno conhecimento do negócio, será possível fazer a projeção adaptada à sua realidade. Dessa forma, favorece a visibilidade financeira da gestão com um todo, apoiando o processo de tomada de decisão.

 

Tipos de fluxo de caixa

1)   Fluxo de caixa operacional

O fluxo de caixa operacional corresponde às movimentações da operação da empresa, ou seja, todos os recursos que garantem o funcionamento das atividades em geral. Separam-se entre entradas (recebimentos de vendas e serviços, por exemplo) e saídas (como pagamento de fornecedores, folha de pagamento, etc).

Em um fluxo de caixa direto não há depreciação e amortização, uma vez que não gera um desembolso da empresa. Portanto, os valores não devem ser considerados no fluxo de caixa operacional.

 

2)   Fluxo de caixa de investimentos

O fluxo de caixa de investimentos refere-se às aquisições ou vendas feitas, são os investimentos realizados pela organização. As entradas podem ser proventos de imobilizado, por exemplo, enquanto as saídas correspondem à aquisição de imobilizados, como a compra de um veículo ou uma nova sala.

 

3)   Fluxo de caixa de financiamentos

Por fim, o fluxo de caixa de financiamentos equivale aos valores obtidos para sustentar o negócio. Desde empréstimos feitos com instituições financeiras até financiamento de imóveis. As entradas podem ser recebimentos de emissões de ações, enquanto as saídas correspondem aos proventos aos acionistas.

 

Visão estratégica da projeção

A partir de um fluxo de caixa projetado, é possível realizar uma análise estratégica e assim considerar a projeção como base para ações mais assertivas no planejamento orçamentário.

Uma projeção de fluxo de caixa eficiente não apenas garantirá a saúde financeira, como também poderá contribuir ativamente para identificar as fraquezas do negócio.

Dessa forma, é possível observar fatores importantes, como:

  • Momentos de inconsistências nas despesas no planejamento;
  • Identificar os intervalos e propor uma solução, antes de gerar maiores problemas no orçamento.
  • Impacto do pagamento parcelado dos clientes no fluxo de caixa e demais operações financeiras (como capital de giro);
  • Capacidade de sustentar a liquidez, ou seja, necessidade de recursos para garantir a operação em atividade, capital de giro etc.

 

Relacionamento com o regime de competência

O fluxo de caixa funciona como um elo entre o regime de competência e o regime de caixa, também atuando com a geração de fundos através das movimentações do capital circulante da empresa. Ou seja, utilizando a demonstração de resultado e do balanço patrimonial, no formato das classificações do fluxo de caixa indireto.

Dessa forma, é desenvolvido em cima das variações das contas patrimoniais, que pode ser de um período determinado de acordo com a necessidade do negócio. Dentre as vantagens do relacionamento com o regime de competência, é a visão otimizada da alocação planejada de recursos e facilidade da construção do fluxo de caixa – com menor esforço para o seu desenvolvimento.

Essa facilidade de construção do fluxo de caixa indireto é muito importante para a gestão, pois reduz o tempo de montagem do método, por não depender de condições financeiras, além de já aproveitar o que foi construído na DRE ao longo do processo orçamentário.

 

A tecnologia na projeção de fluxo de caixa

A projeção de fluxo de caixa, seja direto ou indireto, faz parte de uma atividade essencial para uma gestão financeira eficiente. É fato que sua complexidade torna a atenção ainda mais necessária durante o processo, já que são muitas as etapas que envolvem sua criação.

Independente do modelo de negócio, é possível automatizar esta atividade do início ao fim, garantir mais controle e atenção ao desenvolvimento da projeção – a ideia é que ela seja cada vez mais fidedigna à realidade da empresa. O Software Plano permite uma visualização rápida do fluxo de caixa, além de centralizar as informações de orçamento em apenas um lugar e analisar de maneira assertiva os números da empresa.

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